sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A eterna briga contra a balança!

REGIME
Uma Crônica bem humorada


Tenho dois grandes problemas em relação a meu peso:
1 - Dificuldade de emagrecer e 2 - Facilidade de engordar.

Em algum lugar do meu DNA implantaram um gene de urso polar e meu organismo, ele sempre tem a sensação de que eu vou hibernar durante seis meses e, assim, resolve guardar tudo o que como, pra sobreviver ao inverno. O problema é que a vida do urso polar é só inverno. Sem contar que eu devo ter um sério distúrbio oftalmológico, ligado ao acúmulo de gordura, porque basta eu olhar para uma lasanha que minha bunda aumenta.

Claro, ao longo da vida já engordei, emagreci, engordei, emagreci... Como qualquer sanfona histérica. Nada de tão grave que me impedisse de virar a roleta no metrô com uma pequena ajuda ou que me fizesse entalar na roda-gigante.


O caso é que nesse engorda-emagrece-engorda-emagrece, eu parei por último no engorda. O problema é que passar a vida inteira preocupada com o peso é um porre. E a pior parte é ouvir as mesmas soluções e receitas de dieta que você não vai fazer, como: "Comer muita fruta, muita verdura, cortar massas e suspender o açúcar".

Ah, então tá. Vamos cortar as massas. Pega a tesoura, por favor, que eu vou picotar o espaguete e já volto. O açúcar eu vou guardar em cima do armário prá ficar suspenso. As frutas eu vou comer, todas, como um bom abacatesão e uma jaca gay.

Vamos deixar de ser hipócritas, o mundo ocidental, capitalista, foi projetado para produzir gente gorda. Você vai na lanchonete e tudo é gorduroso, calórico e cheio de açúcar. Pra disfarçar eles vendem uma daquelas saladinhas transgênicas cuja embalagem é mais saudável que o conteúdo. Em qualquer lugar do planeta, na padaria, no posto de gasolina, na banca de revistas, você pode comer salgadinhos, bala, chocolate, etc, enfim, tudo que engorda. Ninguém nunca viu um pacote de cenoura picada, pepino em rodelinha, talos de salsão na boca de caixa da padaria.

Porém, não é só a ingestão da comida que é programada para deixar você obeso e infeliz. Todo o marketing da indústria do emagrecimento foi construído para mentir e levar seu suado dinheirinho. As modelos que vendem aparelhos de ginástica, fazem lipo, botam silicone e depois vão dizer que foi aquela cadeirinha super-duper-lipo-sculpt, em quatro parcelinhas de xis e noventa e nove, que fez com que ela ficasse com aquele corpinho.

O apresentador toma remédio pra emagrecer, faz uma plástica e depois vende diet-sucos pra enganar você. Quem nasceu magro, seja magro de ruim ou magro de fome, está na vantagem. Vai economizar muito dinheiro, tempo e sanidade mental. Já quem tem tendência a sair rolando, sabe como é o momento de enfrentar a balança do banheiro. Primeiro você tira a roupa, o sapato, a meia, e sobe na balança (eu tiro também a piranha do cabelo e os óculos de grau, mas daí, na hora de ver o peso sem os óculos, sempre acho que estou vendo errado. Não acredito naqueles quilos todos). Aí você faz xixi, escova os dentes, corta as unhas, pra se livrar de mais alguns gramas e sobe na balança de novo... Nada! O ponteiro já está rindo da sua cara e não sai do lugar. Você resolve botar mais coisas pra fora. Chora, corta o cabelo, tira a sobrancelha, depila as pernas, arranca uma obturação. Nada! Dá vontade de pular da janela, mas morrer gordo e pelado é o pior vexame (ARGHHHHHHHH!). Melhor ficar vivo com uma roupinha larga.

Você volta, se veste e sai do banheiro se sentindo uma pizza de ontem grudada na tampa, um lixo, um nada. Mas, dizem que enquanto há vida, há "ex-pelancas" (sentiram o trocadilho?) e para tudo há uma solução. É só você fazer reeducação alimentar.

Ah, bom! Era isso... Falta de educação. Agora sim, vou dividir minhas horas do dia, fragmentar as refeições, ingerir mais proteínas do que carboidratos, trocar o açúcar por adoçante e tudo vai dar certo. Sim, porque no fim, você vai ao spa, faz uma lipo, bota uma prótese. Se não der certo, você grampeia o estômago, costura a boca e amplia o reto! Você vai ver que fácil vai ser, você vai ficar magro, direto!

Assistindo a uma propaganda me deparei com a chamada e e quase caí durinha:"O que eu faria com uns 'quilinhos' a menos'?". Sairia correndo pra dar um soco na cara do imbecil que criou esse comercial!

E aproveitando o nome do remédio já faço a rima: vá K-gá no matagal!!! Agora, com licença que eu tenho que sair pra caminhar. Sabe, fazer exercícios queimar calorias... Dizem que emagrece... Ou pelo menos, desengorda!

(recebi por e-mail)

1 Comentário

Anônimo disse...

Vc é linda de qualquer jeito.
saudade

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