Namoro não é só beijo na boca...

Em minhas andanças pelo Orkut da vida me deparo com muitas comunidades diferentes. Entre as muitas que tenho, uma delas me chamou a atenção nos últimos dias: Namoro não é só beijo na boca. Sim! Pensando bem o namoro realmente não é só beijos, é muito mais.

A chamada da comunidade é a seguinte:

Namorar é...Amar,conversar,se divertir, respeitar, ajudar, rir, surpreender, confiar, ser companheiro(a), ser amigo(a), ser fiel,ser carinhoso(a), estar junto(a) em todos os momentos,etc,etc. Beijar muito na boca e outras coisinhas mais...

Se formos parar para pensar é realmente tudo isso citado na comunidade. Acho que por essas e outras é que acabei 'ficando' sozinha tanto tempo. Tive alguns relacionamentos no passado onde não tive nada disso. Vivi relacionamentos unilaterais (onde só eu gostava). E por ter vivido e revivido tudo isso acabei ficando meio que amedrontada com todos os outros tipos de possíveis relação a dois. Por mais que falemos para nós mesmos que nunca vamos comparar nosso atual com o nosso ex, isso é uma coisa impossível de ser feita. Afinal vivemos parte de nosso vida ao lado de uma pessoa que bem ou mal nos modificou ou ensinou algo de alguma forma, seja positiva ou negativamente, então é natural que levemos essas frustrações para todos os outros relacionamentos que viermos a ter.



Foi dessa forma que acabei me frustrando e ficando solitária, mas não sozinha. Sabe quando você está solteira e sai com uma pessoa ou outra só para não se sentir só? Então... Era essa a minha forma de viver os relacionamentos. Mas hoje olhando para o passado e vendo como todas as pessoas à minha volta continuaram suas vidas e eu fui a única que perdi grandes oportunidades de ter pessoas maravilhosas ao meu lado penso: porque não tento ser diferente? Isso! Essa é a resposta...

Namorar alguém nunca foi e nunca será só beijo na boca, sexo e relações íntimas em geral. Namorar alguém é assumir para você mesmo que aquela pessoa é importante e tratá-la como tal. Porque também não adianta você viver dizendo que faz tudo por ela, que ela é importante e blá, blá, blá e no fim das contas continuar a ignorar ela como gente. Isso mesmo! Ser ignorada como pessoa, não só uma importante, mas como um simples ser humano é humilhante, e infelizmente eu, como muitas outras, homens e mulheres, deixam se levar por esse tipo de sentimentalismo barato. É... Põe barato nisso! Quando não nos damos valor como gente, nunca nos darão também. Vive um relacionamento que ele nunca me deu respeito como pessoa, então hoje vejo com clareza, se ele não me respeita como pessoa era porque eu não me respeitava como tal.

Hoje vivo para mim e por mim. Antes de mergulhar de cabeça em paixonites baratas que vão acabar a qualquer momento, procuro curtir cada pessoa por quem me interesso com toda minha força. Tento analisar tudo o que quero, mas também procuro verificar se o que eu quero está de acordo com o que aquela pessoa espera de mim ou de uma mulher qualquer. Porque não adianta eu querer algo que não condiz com o que a outra pessoa deseja, correto? Continuaria a ser uma relação unilateral e depois de quase cinco anos vivendo uma, não quero repetir a dose nunca mais.

Portanto hoje posso dizer: quero um homem que seja amigo, que seja companheiro, que seja fiel, mas não piegas, que a sua fidelidade seja inteira quando estiver ao meu lado, porque de outra forma seria hipocrisia de minha parte exigir exclusividade. Quero um homem que não precisa ter beleza exterior, mas que a beleza exterior que ele tenha me atraia e desperte o meu desejo mais íntimo. Quero um homem que saiba me fazer rir, mas quem também respeite os momentos em que eu quero somente chorar sem perguntar ou criticar, somente me dando seu colo sem questionar. Hoje quero alguém que seja um verdadeiro namorado e não só uma paixão passageira que me dê momentos de prazer que mais tarde só se tornarão lembranças perdidas no tempo e espaço. Hoje só quero ser quem eu sou, e viver ao lado de alguém que seja verdadeiramente quem ele é e nada mais. E assim ambos se aceitarem e não se importarem com o que os amigos ou qualquer outra pessoa possa pensar sobre o que um sente pelo o outro.