Viva a futilidade Natalina

Bem... como Phoenix, retornando das cinzas estou...

Para meu amigo HorseMan que perguntou por onde eu andava, respondo: ralando muito! Isso mesmo, super enrolada com trabalho e apresentações na faculdade nesse fim de período, então já viu né. Acordando as 4h para ir ralar fica difícil ficar até tarde acordada e o cérebro não consegue funcionar para escrever nadinha.

Com a cachola não funcionando muito bem, não tenho tido tempo de conversar com meus amigos da net, sair e muito menos ainda beijar na boca. Mas confesso, muito feliz como estou agora. Estudando muito, trabalhando muito e me preparando para o amanhã. Aprendendo a viver o hoje com certeza de degustar cada gotinha do seu todo.


Tenho certeza de que todos estão bem, ainda mais com essa correria de final de ano... Imagino como andam as coisas. Corre-corre em shopping para as compras, 13º indo para o ralo, entre outras coisas (risos). É shopping virtual, físico, de rua, todos que você pode imaginar. Algomeração de pessoas andando pra lá e pra cá só pensando em comprar, comprar e comprar. Fico pensando, se o povo vivi dizendo que não tem dinheiro pra comer, se vestir, ir ao médico, onde será que eles arrumam dinheiro pra gastar em presentinhos inúteis, roupas caras e outras coisas mais só para se mostrarem em desfiles sociais de natal para os vizinhos e parentes? Coisa a se pensar...

E sobre esse febre comercial que assola o mundo moderno em todo fim de ano, lembro de uma poema de Cecília Meireles que li há tempos atrás "Compras de Natal", ela retrata bem o que deixou de ser e o que passou a ser a data festival de 25 de dezembro. Hoje, só pensamos em quanto vamos gastar, o que vamos comprar e esquecemos o porque nos reunimos. Eu nunca curti muito o Natal, a não quando era pequena (toda criança gosta de esperar o Papai Noel - mesmo aquelas que não tem sonhos, sonham com um mundo imaginário em que ele exista), mas depois de grande perdeu um pouco do significado pra mim. Acho que é porque não sou muito religiosa e o Natal acaba sendo uma festa desse nível, que não consigo alcançar certo ponto de 'elevação espiritual', mas pra mim ele sempre teve um único significado que se perdeu com a separação dos meus pais e a morte de minha avó: a reunião da família. Depois desses acontecimentos, o Natal passou a ser, pra mim, um dia como outro qualquer. Comprar roupas novas, gastar com presentes caros, agradar pessoas que não lembram de você o ano inteiro e só ficam seus amigos no fim do ano? Tô fora...

Bem... pra mim Natal sempre terá o mesmo significado: reunião familiar. Como não tenho isso há muito tempo, é somente um dia como outro qualquer. Pra que curte o dia, seja como mérito comercial ou religioso, que tenha um cheio, antes de tudo, de paz, porque a paz interior é o melhor presente que qualquer ser humano pode pedir. Esquecam os shoppings e passem mais tempo com aqueles que você realmente gosta e que gostam de você. Isso não tem preço!

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