Hoje, sexta-feira, aconteceu a primeira audiência pública que discutiu a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo, na sede da representação do MEC, no centro do Rio. Professores, estudantes, jornalistas e pesquisadores debateram na audiência a preocupação relacionada com a qualidade do ensino, teórico e prático nos cursos de Comunicação existentes hoje no país.
Também foi discutido sobre a criação de regras definitivas para estágio e condições para a atuação em diversas mídias. Na pauta ainda teve assuntos como a adoção de políticas que dêem prioridade à formação humanística e a necessidade de aprimorar a fiscalização e avaliação periódica dos cursos de Jornalismo em todo o país, além claro, do incentivo à criação de mecanismos legais para facilitar o acesso das universidades a emissoras de rádio e canais de televisão. Os estudantes presentes criticaram veementemente o aumento de vagas e a queda da qualidade de ensino nas universidades particulares em todo o país.
De acordo com os presentes, a comissão de especialistas, que é encarregada da revisão curricular, disse que a conclusão do trabalho deve ficar para o mês de junho. Depois de concluído a proposta será encaminhada à Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC e espera-se que no próximo ano as modificações já entrem em vigor. A razão dessa pressa está ligada diretamente à mudança de governo que ocorrerá ano que vem.
Em defesa do surgimento de vagas para atender um déficit de 4 milhões de cursos superiores no país, Paulo Wollinger , diretor de Coordenação e Supervisão da Secretaria de Educação Superior do MEC, citou que é importante essa expansão dos cursos, mas a mesma tem que ser seguida pela qualidade e que essa luta nunca é fácil. Fez referencia à reação negativa de alguns moradores sobre o fechamento de cursos superiores em sete cidades brasileiras por iniciativa do MEC.
Edson Luiz Spenthof, presidente do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo, concordou com Wollinger e completou dizendo que é importante que a comissão consiga implantar uma orientação em âmbito nacional em defesa do profissional do Jornalismo. Coisa que hoje já ocorre em outras cadeiras da Comunicação Social, como a Publicidade, Turismo, Cinema e Relações Públicas. De acordo com Spenthof, essas diretrizes servirão para orientar as normas de conhecimento, fiscalização e avaliação do curso, mas preservando a individualidade regional.
A audiência foi bem movimenta e teve participação de um núcleo importante para os profissionais da Comunicação brasileira. Estavam presentes os representantes da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação e da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Jornalismo. Também tiveram presença marcante, e importante, Lucia Maria Araújo (Canal Futura), Sonia Virgínia Moreira (UERJ), Alfredo Eurico Vizeu Pereira Junior (Universidade Federal de Pernambuco), Luiz Gonzaga Motta (Universidade de Brasília), Eduardo Barreto Vianna Meditsch (Universidade Federal de Santa Catarina), Manuel Carlos da Conceição Chaparro (Universidade de São Paulo) e Sergio Augusto Soares Mattos (Universidade Federal do Recôncavo Baiano).
Ocorrerão mais duas audiências públicas, nos dias 24 de abril e 18 de maio. Na primeira, os representantes do mercado de trabalho, das associações, entidades de classe e jornalistas profissionais participarão da audiência em Pernambuco. E em maio a comissão receberá, em São Paulo, representantes dos diversos segmentos da sociedade civil, movimentos sociais e organizações não-governamentais.
Todos nós podemos colaborar para melhorar nossa categoria. Alunos, professores, pesquisadores, profissionais e representantes da sociedade civil podem enviar suas contribuições até 30 de março para o MEC, no endereço eletrônico: consulta.jornalismo@mec.gov.br . Os principais temas a serem discutidos são: o perfil desejável do profissional do jornalismo e as principais competências a serem adquiridas durante a graduação. Colabore você também!
E continue na luta por qualidade de ensino e respeito profissional! Campanha Nacional em defesa da obrigatoriedade do diplomada para os Jornalistas! Jornalista bom é bem informado. E formado!
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