Democratização da informação?

Há muito vem se pensando em como utilizar as novas ferramentas tecnológicas para melhor integrar a sociedade e democratizar as informações necessárias para a formação sócio-cultural do indivíduo. Ao longo dos últimos anos grupos sociais, instituições de ensino e governo, vem capacitando profissionais para ensinar os fundamentos básicos da internet, considerada hoje uma das maiores ferramentas para o conhecimento.

Um bom exemplo da potencialização da disseminação da informação está no uso da TV Escola (e comunitárias) e internet por grupos socais de baixa renda. Como mesmo assim acesso a esse tipo de serviço ainda não atinge a toda população, facilitar a comunicação por meios eletrônicos é um caminho racionalmente inteligente para melhorar a educação e a inserção no mercado de trabalho futuro dos jovens cidadãos.


O contexto da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, gerou políticas educacionais que sugerem um papel central para o conceito destas competências que aparece como categoria principal nas diretrizes curriculares para o ensino médio. Para ajustar-se a essa nova exigência os professores são instados a rever e modificar suas práticas pedagógicas. (Kunzer,2002)

O uso das tecnologias digitais mais utilizadas com finalidades educacionais tem sido aprimorado dia após dia. Principalmente a utilização dos sistemas de hipermídias. Esse tipo de ferramenta possibilita o gerenciamento da informação, podendo-se anotar, criar, unir e compartilhar a partir dos multimeios (gráficos, sons, textos, vídeos e animações).

Outro bom exemplo de disseminação da informação da era atual são as bibliotecas digitais. Com acervos cada vez maiores elas colaboram para a cultura do compartilhamento dos materiais previamente convertidos no ciberespaço. A internet faz o indivíduo não somente um receptor passivo, mas, também, um agente ativo e determinante que escolhe conteúdos, interage com eles, independentemente do espaço e do tempo em que se localizam. Isso proporciona a quebra das barreiras educacionais.

Mas ao nos referirmos a disponibilização de conteúdos privados devemos lembrar que, a maioria deles, estão protegidos pela Lei dos Direitos Autorais. Essa, vem causando muita controvérsia quando se trata em democratizar o direito de todo cidadão a educação e cultura. Por esse motivo e outros, é que os programas de disseminação da informação devem apresentar uma boa gestão e orientar aos futuros usuários para que não afete de forma alguma a veracidade de conteúdo sob pena de ferir as leis.

Com o trancamento de notícias pelas grandes detentoras da informação, como as grande empresas de tv e jornal, através de senhas e outras estruturas de proteção similar, encontramos muitos sites colaborativos que oferecem uma mensagem mais curta e nem sempre verídicas. Um bom exemplo é a Wikipedia, a enciclopédia virtual confeccionada pelos próprios usuários.

Um grande número de profissionais de informática no mundo inteiro lutam veementemente pelos programas de código aberto (Open source) - como Mozilla Firefox, Linux, Apache HTTP Server, entre outros - para que no futuro todos possam ter direito de utilizar a internet e suas ferramentas de forma democrática. Para muitos isso não passa de uma utopia, mas que não deixa de ser um sonho desejável, e quem sabe um dia realizável.

Devemos ter o direito à informação, mas também temos que ter a orientação correta de como proceder para que não passemos nenhuma mensagem equivocada ou ferir a imagem ou direitos dos outros. Direitos livres para as informações sim, mas conscientes.