sábado, novembro 21, 2009

Politicamente incorreto (#SGE – post 07)


Post especial para Semana Global de Empreendedorismo (#SGE)

A cada dia mais vemos empresas, empregados, e futuros empregados, usando e abusando do termo "politicamente correto". Qualquer palavra, ato e até expressões faciais podem ser confundidas com como algo discriminatório. Por isso que hoje em dia empresas e cursos estão investindo seu tempo em melhorar a capacitação profissional dos funcionários de Recursos Humanos, principalmente da equipe que trabalha diretamente com o setor de recrutamento e seleção.

Hoje qualquer palavras errada que seja, até na hora de divulgar uma vaga pode soar para quem lê como uma situação embaraçosa e até discriminatória. Colocar anúncios com os adjetivos como "somente", "até", "exclusivamente", por exemplo, ou exigir fotografias de seus candidatos pode acarretar um processo discriminatório antes mesmo desse ser contratado.

Até durante as entrevistas ocorrem erros primários por parte tanto do entrevistador quanto dos entrevistados. Recrutadores que, por exemplo, olham muito para o candidato de cima abaixo enquanto conversa, prestando mais atenção no físico da pessoa do que em sua capacidade profissional, já pode deixar marcas evidentes de quem está sendo cortado por conta de sua aparência.

E até os candidatos que mesmo não gostando da vaga ou do salário vão as entrevistas "só para saber como é" deixam a entender o quanto não são profissionais. Aqueles que deixam o telefone celular ligado ou mascam chicletes e até comem algo durante a espera do processo de seleção também está ponto em risco ser riscado antes mesmo de entrar.

Vagas que são anunciadas especificando ou excluindo por raça, sexo, origem, idade, religião, estado civil, deficiência, homossexualidade, gordos, fumantes, bonitos ou feios, e até devedores, podem ser processados pelos candidatos se eles pressentirem que não foram selecionados por algum desses motivos. Por isso, cada vez mais é preciso se atualizar e ter muito cuidado ao transcrever anúncios e entrevistar pessoas.

Na hora de escolher um funcionário o que deve ser levado em conta é a qualificação profissional que ele tem ou não para o cargo e não características físicas ou pessoais. Claro que o comportamento da pessoa deve contar ponto, mas, por exemplo, não vão excluir uma mulher gorda de ser uma secretária executiva somente porque ela não tem corpo de modelo ou seja linda e loira. Isso vale também na hora de solicitar documentação.

Utilizar os documentos pessoais das pessoas para verificar se ela é devedora ou não na praça não pode mais ser usado como item desclassificatório na hora de escolher seu profissional. Se ele não tem uma chance de ser efetivado, como ele irá saldar suas dívidas? Por isso, hoje é terminantemente proibido que empresas neguem emprego alegando somente o nome sujo como impecílio. Caso o candidato desconfie disso ele pode, sim, acionar a empresa por discriminação.


Muitas vezes a própria empresa nem sabe do que acontece nessas entrevistas. O recrutador é que acaba, às vezes inconscientemente, tendo pensamentos que não condizem com o que a empresa quer, mas sim ideias pré-julgadas em sua cabeça. Se você se sentir discriminado pode fazer denúncia no Ministério Público do Trabalho do seu município. Deve levar em conta a localização da empresa onde ocorreu o fato, mas para isso você tem que provas contundentes ou testemunhas do ocorrido.

Os processos de seleção devem ser pautados em competência e qualificação, não só por quem entrevista, como também por aquele que será entrevistado. Óbvio que cada pessoa tem seus critérios pessoais e não devem deixa-los de lado, mas daí a torná-los prioridade na hora de selecionar um empregado não é de bom tom, muito menos profissionalismo.

Ainda assim é muito difícil provar um ato discriminatório durante entrevistas, mas se você sentir que foi deixado de lado por algo que você tem de diferente corra atrás de seus direitos. Mas antes de iniciar esse processo lembre-se que essas ações são públicas e os futuros empregadores terão acesso a ela, podendo dificultar outras oportunidades que possam vir a surgir.

Levanta a cabeça e mostre seu lado profissional. Com certeza você se saíra muito bem. Não deixe um "não" acabar com o que você é profissionalmente. Se você é competente, isso será reconhecido um dia.

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