quarta-feira, janeiro 13, 2010

Intercâmbio: fazer ou não fazer, eis a questão!


Alguns amigos mais íntimos já estão sabendo dos meus sonhos meio mirabolantes de querer fazer um intercâmbio para estudos ainda esse ano. Nesse corre-corre de tentar transformar o sonho em realidade me deparei com muitas dúvidas e problemas que me deixaram receosas, desconfiada e apreensiva. Afinal, estarei indo para um país estrangeiro, sem família, sem amigos... Só eu e eu mesma, com a cara, a coragem e a cara-de-pau.

O meu ano de 2009 foi muito bom para meu lado profissional, mas o pessoal caiu em completo declínio, principalmente próximo ao fim do ano. Foi nessa hora em que comecei a querer tirar férias de mim mesma. Parece estranho não é? Mas é isso mesmo. Sabe aquele período em que você que se afastar de tudo e de todos? Então, era a minha hora, meu momento, minha vontade. Então a vontade de querer sumir (minha mãe chama de fugir) começou a ficar mais forte.


Eis que o ano vira e começo incansavelmente colocar em prática meu sonho, que para muitos era absurdo, ir para o exterior fazer um curso intensivo de inglês. Primeiro veio a grande dúvida para onde eu iria. EUA estava fora de cogitação, com a crise financeira e o exército deles ainda no Iraque não sou nem louca de colocar os pés por lá agora. Meus olhos meio que brilharam para Austrália, mas minha paixão pelo inglês britânico brigada de cabo-de-guerra contra as praias australianas.

Comecei minha busca incansável pela rede por agências especializadas em intercâmbio estudantil. Vi muita, li, abri, fechei, liguei, conversei via orkut, msn, chat, twitter... Enfim, perturbei inúmeros atendentes de várias agências até conseguir informações sobre o que eu queria. Tudo isso me deixou com mais dúvidas ainda. As informações se contradiziam entre elas, cada uma explicava uma coisa e tudo parecia não fazer mais sentido para mim. A única certeza que tive foi de destacar de vez Austrália da lista, já que fiquei sabendo que o voo vai do Rio para Santiago (Chile), depois para Nova Zelândia para depois chegar na Austrália, isso tudo para quem tem pavor de viajar de avião simples 45 minutos entre Rio e São Paulo, são horas demais no ar. Não sou passarinho... Não sei voar.


Nessa onda de indecisões, minha paixão pelo inglês britânico prevaleceu, e o medo de avião também. Então a primeira etapa já tinha decidido, faltava agora escolher qual agência me levaria para Londres. Não vou citar nome de nenhuma das empresas pesquisadas, por questões que nós blogueiros, ultimamente tudo na blogosfera é motivo para notificações extras-judiciais. Mas que algumas me deixaram com muito medo e insegura, deixaram.

Uma delas só trabalha on-line. Fiquei pasma! Como para um serviço desses, onde você vai para um país estrangeiro, sem conhecer ninguém te dará um respaldo de segurança se não tem um escritório físico ou um contrato para nos assegurar de qualquer eventualidade? Cortada logo de cara. Fora que era uma das "mais baratas", e vovó dizia que coisa barata demais não presta. Conclusão: riscada da lista.


Outra dessas agências ficavam me falando que era obrigado isso, obrigado aquilo e aquilo mais, e quando fui comprovar, a metade era inverdade. Depois fui em uma muito bem conceituada, que me atendeu prontamente, respondeu todas as minhas dúvidas quanto a viagem, passagem, visto, acomodações, etc. E claro que foi essa que escolhi. E lá fui em busca de "paitrocínio". E consegui! Tudo aprovado agora é hora de começar o corre-corre com papelada e "burrocracia".

Primeira coisa a fazer: tirar passaporte. Isso mesmo, não se assustem. Não tenho passaporte, nunca viajei para fora do país, para quê ia tirar um? Depois tenho que ver sobre clima na época em que for para lá. Afinal a Europa é um local um tantinho frio e sei que terei que correr atrás de roupas apropriadas para encarar essa aventura.


Uma das coisas mais importantes a decidir ainda é a compra do meu notebook ou netbook. Já me perguntaram porque e é simples: não consigo mais viver "desconectada". Essa será a primeira coisa a entrar na mala na hora da arrumação. Fora que ainda tenho que aprender sobre como e onde andar por dentro de um aeroporto internacional. Afinal não entendo nada dessas coisas de check-in e só de pensar já fico zonza.

Além de tudo tenho que estudar a cidade, os hábitos e cultura da população nativa e imigrantes. Ler sobre o metrô, locais a visitar, coisas a fazer, porcarias a comprar. Enfim, dar uma bela "googlada" em Londres para saber afinal onde estou me enfiando e ficarei alocada por longos dois meses. E nisso tudo, depois de tanta dúvida e medo, eis que outro sentimento tomou conta de mim: insegurança. Tudo certo, família comunicada e me apoiando, dinheiro disponível para ir, faculdade trancada, chefe comunicado e aparece a danada da insegurança.


Estou confusa. Será que estou fazendo certo? Sei que será uma experiência única para minha vida pessoal e profissional. Preciso dessas férias de tudo e de todos. E poder aliar esse tempo de "namoro comigo mesma" a um curso onde vou aprender e me aperfeiçoar, claro que me deixa mais extasiada ainda. Mas mesmo assim começo a pensar: estarei sozinha, em um país estranho, comida diferente, língua que não domino, pessoas completamente opostas de mim. Vou ou não vou, eis a questão?

Fica aqui meu desespero. Quem já foi para Londres e puder me dar dicas de como fazer, o que fazer, onde ir, como se comportar, será bem vinda todas elas. Nada melhor do que ter opinião de quem já viveu o mesmo sentimento de abandono do ninho como eu estou sentindo não é? E aí pessoal... Vou ou não?

6 comentários

Unknown disse...

Bacana saber que você vai pra Londres Ana. Estive em 2008 em Manchester e achei a Inglaterra demais. Tenho vontade de voltar um dia, porque tudo por lá é bem organizado.Com certeza você fez uma excelente escolha para intercâmbio. Abraços.

Anônimo disse...

Se eu tivesse condições, eu não pensaria duas vezes. Londres é a principal cidade que queria conhecer, em seguida, Liverpool, por causa dos Fab Four!
Ana, vá, é um aprendizado valoroso para a sua vida.
E compre um netbook. É bem mais confortável, leve, cabe em qualquer lugar e é mais discreto. Wi-Fi lá tem em todo lugar,se não me engano, e assim você não nos abandona! :o)

Unknown disse...

é meninos... quase tudo pronto. Agora só falta eu tirar o passaporte e reservar as passagens e começar a contagem regressiva oficial... Obrigada pela força!

Cecilia F. disse...

Oi, Ana!!!

Gostei muito blog e desse post em qestão. É uma pena que não possa contribuir com dicas a cerca de londres porque nunca sai do Rio. =/
Mais já dei uma pesquisada porque também sonho em conhecer Londres e vou te passar um link bem legal que vai te ajudar: http://www.dicasdelondres.com

Quanto a insegurança, faz parte da nossa natureza, vá fundo porque só pode dar certo.
Vou acompanhar tdo por aqui.
E o que você decidiu: netbook ou notebook? Pq?

Bjs,

Cecilia

Unknown disse...

Oi Cecilia, obrigada pela visita... E pelo link!!! Vou dar uma olhada lá para saber de tudo. Ainda não decidi se será um note ou um net... mas que levarei um dos dois, levarei rss

Beijos

Anônimo disse...

Olá, Ana, como vai?
Estamos vivendo a mesma experiencia, porém minha vida tem apenas 15 anos, como vc resolveu isso?
Francisco

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