Mulheres: estudam muito mais e ganham muito menos

Nesse dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, nem todas tem motivo para ficarem felizes e festivas. Hoje pela manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou o resultado de uma pesquisa alarmante sobre o perfil profissional das mulheres no mercado de trabalho no ano passado.

Na pesquisa, o IBGE, comprovou que as mulheres brasileiras estudam muito mais que os homens e ainda continuam ganhando menos. Ou seja, uma mulher que tenha a mesma escolaridade que um homem e o mesmo cargo, ganhará até R$500,00 a menos que eles. Segundo os analistas do Instituto, para que uma mulher tenha o salário equiparado ao do homem no mercado de trabalho o valor deverá subir em pelo menos 38,3%.



Na pesquisa foi mostrado que os homens brasileiros estudam em média nove anos, enquanto as mulheres chegam a ficar estudando até 11 ou mais. Mesmo assim, as empresas continuam pagando mais para os homens que ocupam os mesmos cargos que elas. Os homens que passam dos 10 anos de estudos chegam a 53%, enquanto o índice feminino fica em torno de 61,2%.

Essa diferença fica evidente principalmente entre os trabalhadores do comércio. Os homens ganham em média acima dos mil reais, enquanto as mulheres ficam com seus salários em torno dos R$615,00. E isso em nível superior, quanto menos estudo maior a diferença salarial.


Somente na construção civil é que o salário feminino fica acima da média masculina, em torno de 300 reais a mais. Mas isso é uma rara exceção. E esse exemplo também fica claro quando o quesito é carteira assinada. No Brasil somente 35,5% das mulheres estão trabalhando com carteira assinada, enquanto a percentagem masculina fica em 43,9%.

No mercado informal o número fica quase em um equilíbrio, 30,9% para as mulheres e 40% para os homens. As mulheres que são empregadoras então a diferença é marcante, somente 3,6% da população feminina é dona do próprio nariz, batendo de frente com os 7% dos homens no comando das empresas.

Apesar de toda "igualdade" proferida pelas bocas através dos tempos, as mulheres ainda são vistas como seres intelectualmente inferiores e precisam trabalhar dobrado, ganhando menos, para mostrar que são capazes de realizar tarefas tão bem, ou até melhor, quando os homens.

Na parte "sustento familiar" a mulher brasileiro ainda não pode "comemorar" o Dia Internacional da Mulher completamente feliz, enquanto a sociedade ainda for patriarcal.