(Ana Magal)
(Música do Oficina G3: O Tempo)
Tem dias que acordamos com medo do que pensar. Ficamos ainda na cama alguns minutos sem agir. Estáticos. Tentando entender porque temos que ter tantas responsabilidades que se formos pensar nem a nós caberíamos estar resolvendo.
É quando queremos socar o despertador, chutar o celular e explodir a televisão... Só porque nos atrapalham de 5 em 5 minutos, justo quando estamos no melhor dos sonhos e nos força a encarar a triste realidade.
Tentamos de todos os modos escapar das "artimanhas" da vida. Para isso fazemos todos os tipos de coisas ao mesmo tempo para que nossa mente fique ocupada com produtivo. Simplesmente temos que nos ocupar.
Só que chega em uma fase da vida em que nos ocupamos tanto com coisas e pessoas que não merecem atenção que esquecemos de nos dar conta que queremos somente mudar. Às vezes fica tarde demais ou difícil demais para essa mudança, outras vezes as duas coisas.
Vive desejando por um longo tempo entrar em estado de hibernação e esquecer o mundo lá fora. Tudo mesmo. Trabalho, dinheiro, família, amigos e amores... Queria somente a solidão, somente a mim...
Parei meu mundo nesse momento de solidão e fiz uma auto-avaliação dos meus sentimentos em relação ao mundo externo. Pensei muito em minhas relações familiares - na separação dos meus pais e o que os levou à separação, na morte da minha avó, nos meus amores mal resolvidos, nos medos,nas falsa amizades, no momentos de depressão, nos momentos em que eu queria simplesmente sumir. Pensei... Me reanalisei.
Aprendi que ninguém ama igual, uns amam mais, outros menos. Mas amam.Mas também levei um tempo para me recuperar. E pensei...não acredito mais no amor. Não nesse amor, de homem e mulher. Para quê acreditar, se eles, os homens, não acreditam que isso possa ser realmente possível? Então me deixei levar pela amargura e vive alguns anos em profunda secura de sentimentos. A certeza de que muitas vezes fui gélida ao extremo com quem não deveria ser me cortava a alma, mas entendi que era porque eu não acreditava mais ter a capacidade de amar.
O tempo nos ensina... O tempo nos consome... O tempo nos eleva.... E o tempo nos faz tomar decisões que modificam a vida, e não somente nossa, bem como a todos à nossa volta. Podemos mudar a vida de uma pessoa com um simples "sim", um simples "não", ou um simples "quem sabe". Tudo depende da forma como se pronuncia cada palavra.
Eu sempre me auto-analisei da seguinte forma: "se os meus melhores e mais sinceros esforços foram recebidos com desrespeito e ingratidão, e acabo me perguntando se realmente não mereço mais que isso". Mas pensar e agir é bem diferente... Sei que posso encontrar alguém quando menos esperar e que devo estar pronta para novas auto-avaliações. Sei também que as mesmas coisas que ocorreram comigo podem ter acontecido com essa pessoa, então terei que ter paciência dobrada para poder aceitar e entender os maus momentos. Só assim poderei conviver comigo mesma.
2 comentários
Oii amiga...acho q o tempo é o senhor da verdade...
Felicidade para ti...
beijão
Realmente, o tempo é o grande enigma das nossas vidas. O grande peso e o grande mestre. Sei que devemos tentar, no tempo que nos é dado, viver em harmonia com nossos semelhantes. Neste sentido, devemos sempre enviar mensagens de otimismo e afeição para que amamos.
Um abraço!
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