sábado, setembro 12, 2009

Aprendendo a ser louco no mundo "normal"

Mais do que nunca Raul Seixas foi correto quando escreveu Maluco Beleza. Em pleno século XXI quando os brasileiros, homens e mulheres, ainda se aglomeram em frente a tv para assistir ao último capítulo de uma novela, o Rio de Janeiro é classificado como a cidade mais feliz do mundo deixando a Argentina, com sua Buenos Aires em último lugar na classificação de 10 posições, nosso Senado consegue ser o maior circo do mundo com um sonso no comando, que dorme literalmente, em cada sessão que falam mal dele, fingindo não saber do que se trata e sinceramente o melhor ator de 2009 foi o carismático Bruno Gagliasso interpretando, nada mais, nada menos que o "maluco mais apaixonante" de todos os tempos, só Raul para resumir toda essa loucura normal.

A cada dia nos deparamos com um mundo onde o normal é ser diferente, estranho, bizarro e violento, como se isso fosse a coisa mais natural do planeta. Assassinatos, crianças morrendo de fome, pais matando filhos e vice-versa, e outras calamidades mais são temas que estão virando corriqueiros no dia-a-dia das grandes cidades.

O que me espanta é que as pessoas andam achando tudo isso uma coisa simplesmente normal. Confesso que não assisti a novela global, Caminho das Índias, mas acompanhei o último capítulo via comentários no twitter, que foi muito emocionante por sinal, mas uma das coisas que, na minha opinião foi mais importante nela foi a atenção especial dada àqueles considerados "anormais".

Pense comigo... Se formos analisar os malucos de verdade somos nós, que estamos aqui fora, os que estão dentro do hospício são muito, muito normais. Eles vêem o mundo com olhares puros e verdadeiros, sem dramas, sem medos, sem artimanhas. Para eles coisas como assassinatos, corrupção, etc, não são coisas corretas e sabem muito bem disso. Mas para nós, "os normais", isso não choca mais. Porque será?


Hoje a forma de entender e aceitar as anormalidades do mundo ficou meio que banal. Ninguém mais se assusta com senadores roubando, pessoas matando, crianças morrendo de fome... Lembro outro dia quando assisti ao comercial da menininha andando com o pai na rua e mostra o menino abandonado pedindo esmola, e o pai, cego pela banalização social atual, simplesmente não enxerga mais. Porque? Porque hoje as pessoas acham que isso é tão "normal" que o anormal seria ver uma criança sorrindo e feliz.

No ano em que completamos os 20 anos da morte de Raul Seixas, podemos dizer que, nada mais atual que dizer que somos normais aprendendo a sermos loucos na loucura real do cotidiano. Parabéns Bruno por sua atuação... E a nós brasileiros fica o aprendizado: corrupção não é normal, assassinato não é normal, morrer de fome não é normal... Vamos voltar "a ser louco" para enxergarmos de verdade a realidade da vida.


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