quarta-feira, maio 25, 2011

Somos jornalistas nossa função é informar, mas temos opinião sim!


Todos estão às voltas com o ocorrido com a jornalista Salete Lemos que foi demitida após proferir críticas ao governo por conta do aumento das taxas bancárias. Ouvi diversas opiniões de amigos que concordaram e discordaram da decisão da emissora, TV Cultura, sobre o ocorrido. Eu, particularmente, discordo. E muito.

Porque discordo? Simples. Apesar de que temos a obrigação, como jornalistas, de informar sobre os fatos e tentar (repito: tentar) sermos neutros, isso não quer dizer que sejamos imparciais. Somos seres humanos como qualquer outro e temos nossas opiniões e vontades. Podemos, e fazemos, ouvir os fatos e todos os lados envolvidos, mas isso não quer dizer que somos obrigados a concordar com o que dizem.

Salete Lemos começou a carreira jornalística dela como revisora no jornal impresso Diário de São Paulo. Passou por diversos jornais e ganhou inclusive o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1985, por sua coluna de economia no Jornal da Tarde. Sempre foi uma jornalista durona e sempre falou tudo o que pensava. Esse sempre foi um de seus pontos fortes e a contratavam justamente por não ter papas na língua.

Ela passou por diversas emissoras, desde Rede Globo a TV Record. Em 2006 foi para TV Cultura, onde comandava o jornal principal e de onde foi demitida e veio todo esse boom sobre o vídeo. Supostamente, por conta de pressão emitida pela Febraban. Em 2008 foi para CNT onde comenda o programa Fala Sério e o CNT Jornal. Ou seja, ela sempre foi assim e se contrataram ela já deveriam saber como ela atuava, pois a mesma jornalista que atuou na Globo e na Record foi a que atuou na Cultura.


O caso é antigo, mas como sempre na internet, ele aparece do nada como um viral anos depois. O foco aqui é o motivo da demissão e as críticas sobre a mesma. Porque um jornalista não pode opinar? Devemos ficar completamente imóveis quando um tema nos deixa chocados, tristes ou revoltados só porque estamos informando as pessoas?

Vemos diariamente vários outros profissionais fazendo o mesmo estilo que Salete faz. Renato Machado é um sarcástico todas as manhãs no Bom Dia Brasil, Hermano Henning sempre fala o que pensa no jornal do SBT, Datena é o campeão das opiniões ácidas e Sônia Abrão dispensa comentários. Até William Bonner e sua turma da bancada do Jornal Nacional expressam suas opiniões nem que seja com uma expressão facial de choque imediato. Ou seja, todos opinam, seja de forma sutil ou direta.

Independente da profissão que temos, somos acima de tudo seres humanos. Não somos máquinas sem sentimentos que não ficam chocados quando relatam um assassinato de uma criança na TV, ou que não ficam com raiva quando os governantes comente absurdos em Brasília e muito menos não ficamos imóveis quando os bancos aumentam tarifas bancárias, que atingem todos nós, sejamos jornalistas ou não. Então, não concordei com o ato realizado em 2007 pela TV Cultura contra a Salete e nunca irei concordar. Não gosta de como o profissional se porta, não o contrate!

Assista ao polêmico vídeo de 2007:






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